Cuidados com a saúde dos cães no verão: dicas para evitar doenças do calor
Quando as temperaturas começam a subir, as férias escolares chegam e as famílias passam mais tempo em casa junto com seus pets. Seja passeando no parque, brincando no quintal ou dando voltas no quarteirão, o clima fica ótimo para o lazer.
Mas, ainda que seja uma época de diversão, o tutor precisa ficar atento às doenças típicas da época do ano. Muitas são transmitidas por parasitas, bactérias ou vírus e outras podem ser prevenidas com cuidados cotidianos.
Por isso, separamos as principais doenças do verão e como evitá-las para que o seu pet se mantenha saudável durante o ano todo! Continue lendo o artigo abaixo:
Principais doenças que afetam os cães no verão
- Babesiose – Causada pelo protozoário Babesia canis, a babesiose é transmitida pelo carrapato comum e tem como característica provocar uma grave e profunda anemia regenerativa em que o cão têm dificuldades de recuperar os glóbulos vermelhos perdidos e, por consequência, começa a ficar com a pele e as mucosas – gengivas e pálpebras, principalmente – amareladas. Em situações mais graves, a babesiose pode provocar congestão do baço e do fígado do cão levando-o a óbito.
A principal forma de prevenir a babesiose é administrando o antiparasitário indicado pelo médico-veterinário no intervalo de tempo correto.
- Erliquiose – Assim como a babesiose, a erliquiose é transmitida pelo carrapato comum. Sendo um parasita do tipo Ehrlichia canis, uma das maneiras que ele possui de afetar o animal infectado apresenta placas hemorrágicas na pele e mucosas. Além disso, possuem dificuldades de coagulação em caso de cirurgias e, dependendo da gravidade da infecção, os cães podem apresentar infecções gastrointestinais com vômitos e diarreias que podem ou não ser acompanhadas de sangue. A principal prevenção da erliquiose é manter o antiparasitário indicado pelo médico-veterinário no intervalo de tempo correto.
- Dirofilariose – Transmitida pelo mosquito palha e o Aedes Aegypti, a Dirofilariose é uma doença parasitária endêmica de regiões de praia e rios. Ao ser picado, o cão é infectado com a fase larval do Dirofilaria immitis, agente etiológico da doença que se desenvolve no corpo do animal até que, pela corrente sanguínea, chega ao coração, onde causa congestão e pode levar o pet a óbito.
A prevenção da dirofilariose é feita com uso de coleiras e/ou pipetas repelentes que possam impedir que o mosquito pique o cão.
- Enterite – Se é verão, provavelmente a família está mais reunida com churrascos e festividades. Por isso, é importante manter os olhos no que o cão está comendo. As enterites são provocadas pela ingestão de alimentos que não são próprios ou estejam em condições indevidas para consumo. Geralmente os quadros apresentam vômito e diarreia constante.
Para prevenir as enterites é preciso que os tutores não ofereçam petiscos que não tenham indicação médica e evitem deixar acesso a alimentos, inclusive lixeiras.
- Hipertermia – é o quadro caracterizado quando o animal não consegue equilibrar a temperatura corporal e acaba entrando em colapso. Esse tipo de situação acomete, principalmente, animais de focinho curto – ou braquicefálicos – como bulldogs ou pugs, por exemplo. Uma maneira de evitar quadros de hipertermia é mantendo o ambiente ventilado e fornecendo água fresca aos cães.
- Parvovirose – transmitida pelo contato direto com partículas infectadas com o vírus parvovírus canino, a parvovirose é uma doença agressiva e letal porque provoca quadros de desidratação profunda por vômito e diarreia que pode ou não estar acompanhado de sangue. A única forma de prevenir a parvovirose é levar o cão ao veterinário ainda filhote – nos primeiros 45 dias de vida – para que seja administrada a vacina múltipla. Além da parvovirose, essa vacina protege contra o Coronavírus canino, cepas de leptospirose, cinomose, parainfluenza e adenovirose tipo 2.
Caso seu amigo de quatro patas apresente comportamento diferente do que é comum, fezes que não sejam consistentes ou vômitos, não hesite em procurar ajuda de um médico-veterinário. Nunca ofereça remédios caseiros ou automedique seu pet pois muitos medicamentos que ajudam a nós, humanos, podem ser tóxicos e levar os cães a óbito. Em outros casos, a demora em buscar ajuda pode fazer com que o cão tenha o quadro agravado e seja necessário ficar internado ou passar por processos mais complexos.
Lembre-se de manter as consultas de rotina e as vacinas do seu filho de quatro patas em dia, o acompanhamento de um médico-veterinário de confiança e uma boa nutrição alimentar são pilares essenciais para que o cão tenha uma vida boa, longa e saudável ao seu lado.
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