O que é a dirofilariose e como tratar
Seu amigo de quatro patas está mais apático, perdeu peso, não tem mais vontade de brincar e tosse? Talvez seja a hora de procurar um médico veterinário. Enquanto isso, saiba o que é a dirofilariose, doença que apresenta esses sintomas, e como funciona o tratamento dela.
O que é a dirofilariose canina e felina?
A dirofilariose é uma doença causada pelo parasita Dirofilaria e transmitida por um hospedeiro intermediário, o mosquito das espécies Aedes, Anopheles e Culex. A ocorrência está ligada ao contato com esse mosquito, mas também às condições climáticas favoráveis e à circulação do seu pet em regiões endêmicas ou até epidêmicas.
Mesmo que o cão seja o hospedeiro definitivo desse verme, o gato e o ser humano podem ser infectados como hospedeiros acidentais.
O parasita hospeda-se principalmente na artéria pulmonar e no ventrículo direito do coração, no caso do Dirofilaria immitis, ou no tecido subcutâneo, no caso do Dirofilaria repens, e pode induzir a obstrução dos vasos sanguíneos.
Nas áreas endêmicas, a maior parte das infecções é causada pelo D. immitis, que pode afetar entre 40% a 70% dos casos observados em cães e entre 1% e 4% em gatos.
Sinais clínicos em cães
No cães, que são os hospedeiros definitivos do Dirofilaria, é comum observar animais infectados e assintomáticos. Os sinais clínicos costumam aparecer em casos crônicos, em que a infecção persiste por mais tempo ou em que a carga parasitária é maior.
Nesse cenário, os donos podem observar em amigos de quatro patas mudanças de comportamento, tornando-os mais agitados ou apáticos, e até perda de peso, intolerância a exercícios físicos e tosse.
Sinais clínicos em gatos
Os gatos, que são apenas hospedeiros acidentais, também podem ser assintomáticos. Alguns dos sinais encontrados nesses animais, no entanto, são semelhantes aos dos cães: perda de peso, intolerância a exercício e tosse.
Como tratar
Na visita a um médico veterinário, o cão pode receber um tratamento baseado no uso de dicloridrato de melarsomina, eficaz em cerca de 95% dos parasitas.
A droga é segura, mas pode apresentar algumas reações adversas. Para evitar tais efeitos, é recomendada a restrição de exercícios físicos após a administração do remédio.
Para animais com infecções leves a moderadas, o medicamento é administrado a partir de duas injeções profundas na musculatura lombar, com 24 horas de intervalo entre cada uma.
É recomendada ainda a realização de testes com antígenos após três a quatro meses do tratamento, para verificar se a intervenção foi bem sucedida.
Casos graves
Já nos casos mais graves, é necessária a aplicação de uma injeção, seguida do internamento do animal no mesmo dia. Ainda é necessário restringir a atividade física do cão durante um mês e observar as possíveis reações adversas do pet. Caso ocorra tudo bem, após um mês da primeira dose, são administradas duas outras, com espaçamento de um dia entre elas.
Tratamento em gatos
Não há um medicamento aprovado para gatos, que podem receber suporte com doses pequenas e crescentes de prednisolona ou ainda apresentar cura espontânea.
Prevenção
A melhor forma de proteger o seu pet da dirofilariose, assintomática em casos mais leves, é a partir da prevenção. Ela pode ser realizada a partir de tabletes e gomas à base de oxime milbemicina e ivermectina ou soluções tópicas a base de selamectina.
A American Heartworm Disease recomenda a prevenção anual a todos os animais em áreas de grandes variações de temperatura durante as estações do ano. Além de proteger o seu amigo de quatro patas, a ação diminui a possibilidade de disseminação do parasita e contribui para a melhora da saúde pública da região.