Quem mora no Brasil sabe bem que assim que as temperaturas sobem, é preciso tomar cuidado com as chuvas de verão – que normalmente caem como um dilúvio nos finais de tarde. Para os cães, as chuvas podem ser até refrescantes depois de um dia bem quente, mas é preciso tomar cuidado porque, com elas, há também perigos que podem acometer os peludos. 

Antes de tudo, lembre-se de manter o cão em um lugar abrigado, principalmente para que ele possa se encobrir dos raios de sol e, se o tempo fechar, da chuva. Mas você sabe quais são eles? Porque, para ajudar os tutores, nós elencamos alguns perigos da chuva de verão e como proteger o seu filho de quatro patas. 

Raios e trovões 

Você sabia que o Brasil é o país com maior incidência de raios? A cada ano, mais de 70 milhões de descargas elétricas são registradas aqui e mesmo que não seja tão comum assim que um animal seja acertado por um raio, é melhor que seu peludo tenha um lugar seco para colocar as patas, já que, se uma descarga elétrica acontecer próxima, a água é uma das boas condutoras de energia. 

Para os trovões, o perigo fica mais para os cães medrosos, já que eles buscam se resguardar em qualquer canto para fugir dos estrondos. Nesse caso, é importante garantir que não há como ele se machucar em uma dessas tentativas desesperadas – uma boa dica é fazer um cantinho seguro para onde ele possa correr caso se sinta amedrontado. 

Infecções graves

As mudanças bruscas de temperatura podem afetar os cães de diversas maneiras e, uma delas, é a queda na imunidade, que deixa a porta aberta para infecções decorrentes de viroses como o coronavírus canino, a parvovirose canina e o rotavírus canino – todos esses vírus são letais e podem levar o animal a óbito. 

Além desses, há também a leptospirose – que é transmitida pela urina do rato – e costuma ser considerada epidêmica em situações de alagamentos e inundações porque, essa água, que é a junção da chuva com os esgotos, contém o agente infeccioso. 

A principal forma de proteger o cachorro desse tipo de contaminação – que pode ser por partículas de aerossóis ou contato direto com superfícies e outros animais infectados -, é a vacina múltipla. Como toda vacina, ela não impede que o animal contraia as doenças, mas protege para que, caso tenha contato com algum dos vírus ou com a bactéria da leptospirose, não apresente os sintomas letais. 

Verminoses e parasitas

Todo mundo sabe que a época de chuvas de verão é também a época em que os mosquitos se levantam para o ataque! Só que os mosquitos também transmitem doenças como o verme do coração – ou dirofilariose – e a leishmaniose. As duas são transmitidas pelo mosquito palha e pelo aedes aegypti e estão entre as mais perigosas porque podem matar os cães de forma silenciosa. 

Como forma de prevenção, os laboratórios farmacêuticos veterinários vêm avançando nas pesquisas sobre repelência e o tutor pode optar pelo uso de pipetas ou colares – que espalham o repelente pelo corpo do cão sem que haja algum tipo de intoxicação. 

Machucados e feridas

Por ficarem expostos no quintal ou em algum local aberto, esses cães podem se machucar e, geralmente, como são cobertos por uma camada bem espessa de pelos, fica difícil para o tutor visualizar qualquer ferida. 

Mas, para as moscas, não tem nada de difícil nisso. Elas são sorrateiras em colocar seus ovos que rapidamente evoluem para larvas – as chamadas miíases – que consomem os músculos do cão e podem deixá-lo com necessidade de cirurgias de correção. Para evitar esse tipo de problema, o ideal é que o tutor interaja com seu amigo, veja se está andando diferente ou se apresenta algum comportamento diferente como se coçar muito em uma região ou chorar. 

Caso seu cachorro esteja infestado, o melhor a fazer é não mexer nas lesões e procurar imediatamente um médico-veterinário de confiança. Lembre-se de manter as consultas de rotina e as vacinas do seu filho de quatro patas em dia, o acompanhamento médico e uma boa nutrição alimentar são pilares essenciais para que o cão tenha uma vida boa, longa e saudável ao seu lado. 

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