Como proteger o gato da rinotraqueíte
Espirros, tosse e falta de ar: esses são alguns dos sintomas habituais da rinotraqueíte, infecção bastante comum em gatos, especialmente naqueles que vivem em gatis e abrigos ou que têm acesso à rua.
Há muitas formas de proteger o seu pet dessa doença que, em casos agudos, pode levar a uma pneumonia e necessitar de cuidados de enfermagem, e a mais recomendada é a vacinação adequada do animal logo nos primeiros meses de vida.
Saiba como a rinotraqueíte funciona e como ela pode atingir o seu filho de quatro patas.
O que é rinotraqueíte?
Doença comum entre os felinos, a rinotraqueíte, ou Complexo Respiratório Felino, é causada por vírus como Herpesvírus tipo 1 (FHV) e Calicivírus felino (CVF), ou então por bactérias como Bordetella bronchiseptica e Chlamydophila felis.
O vírus é eliminado pelas secreções do animal durante diversas semanas, e essa se torna a principal forma de disseminação da doença: a partir do contato com tosse, espirro e até secreções oculares de outros animais portadores da doença.
Assim, ela é bastante comum em ambientes onde há a aglomeração de animais, como gatis e abrigos. O estresse gerado pela superpopulação nesses lugares é também é um fator de transmissão, já que os pets que passam por episódios estressantes apresentam os sinais clínicos de tosses e espirros.
É importante atentar-se a isso, já que a rinotraqueíte continua de forma crônica após a infecção primária, e ao menos 80% dos gatos tornam-se portadores do vírus.
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns da rinotraqueíte, estão:
- Descargas nasais e oculares;
- Espirros;
- Tosse;
- Falta de ar.
Na fase aguda da infecção, o peludo também apresenta febre e conjuntivite.
Se o seu gato apresentar esses sintomas, é importante levá-lo a um médico veterinário para que ele receba os cuidados necessários e para que a infecção não avance a um quadro mais grave.
Tratamento
Altamente contagiosa, a doença pode ser tratada a partir de antibióticos e cuidados de enfermagem, como a reposição de fluidos. A recuperação costuma ocorrer entre duas e três semanas.
Alguns gatos com a doença podem precisar utilizar uma sonda nasogástrica caso apresentem uma diminuição ou ausência da sensação olfativa ou ainda úlceras, que levam o animal a deixar de se alimentar.
É importante que a infecção seja diagnosticada e que o tratamento seja providenciado ao pet o quanto antes. Caso contrário, o quadro pode evoluir para uma broncopneumonia e afetar outros órgãos, como pele e fígado.
Como proteger o seu peludo?
Mesmo não defendendo o gato contra a infecção ou o estado de portador, as vacinas disponíveis contra a rinotraqueíte são essenciais para o controle da doença, especialmente para evitar o aparecimento dos sinais clínicos.
O ideal é que o seu amigo de quatro patas receba a primeira dose aos 53 dias de idade, ou seja, na sua nona semana de vida. A segunda dose deve ser ministrada após um intervalo de quatro semanas, com doses de reforço anuais para gatos em alto risco, que tenham acesso à rua e convivam com outros gatos.
E então? Que tal vacinar o seu pet e protegê-lo da rinotraqueíte?