A Simone já começou a cantar “então é Natal…” e você, tutor de gatos, sonha em ter uma Árvore Natalina bonita, bem decorada e cheia de luzes mas sabe que o seu bichano – que é um filho peludo – vai fazer com que as bolas caíam uma a uma, isso é, se a árvore não vier abaixo também! 

Ainda que a internet esteja cheia de ideias e alternativas mirabolantes, algumas que incluem até colocar a árvore pendurada no teto para que o bichano não alcance, há alternativas para que o seu bichano não destrua um dos principais símbolos natalinos. 

Chega a ser engraçado, se não é triste, certo? Por isso, pescamos algumas pesquisas sobre comportamento felino e elencamos as principais dicas para que você ao menos tente manter sua árvore de pé e decorada até o dia de reunir a família para a ceia. 

Acostume o bichano com o objeto – monte a árvore mas não decore ainda. Deixe por uns dias até que o peludo se acostume com a presença desse novo objeto na sala – isso pode ser rápido ou não, depende do quanto de enriquecimento ambiental você tem em casa para distrair o gato.

Quando ele estiver muito nem aí para a árvore, ponha as luzes e espere até que ele não se importe com elas também. É aos pouquinhos que esse processo vai se desenvolver até que você chegue a colocar a decoração no lugar – de preferência sem ele estar por perto. 

Invista na verticalização da casa – se você ainda não tiver feito isso, considere a possibilidade de ter, ao menos, algumas prateleiras próprias para que o bichano escale, uma vez que a espécie gosta de observar tudo do alto e, sem a verticalização, o principal atrativo para escalar vai ser a árvore de Natal – fazer isso é investir em enriquecimento ambiental, uma maneira de gastar energia física e mental do pet.

Evite bolinhas e objetos redondos – é de conhecimento comum que gatos gostam de bolas e coisas que rolam, então não custa nada evitar, certo? Aposte naqueles enfeites que são diferentes como estrelas, presentinhos e outras coisas. 

Cuidado com os fios soltos – porque os bichanos também se interessam por fios que ficam soltos no chão e ninguém quer que seu gato leve um choque ao morder os fios – e, de quebra, perder aquele pisca-pisca que a gente compra com tanto carinho para a época -, certo? 

Terapia comportamental felina, o que é? 

Gatos possuem o que os médicos chamam de comportamento exploratório, caracterizado como atividades que promovem estímulos por atos e posturas que favorecem o conhecimento sobre objetos ou ambientes que não são familiares. 

Colocando isso como norteador, é possível entender o porquê de tanto interesse na árvore de Natal e nas caixas de papelão, por exemplo. No primeiro momento, pode ser que o bichano fique curioso e acuado, mas não interaja diretamente e, justamente por isso, que nossa primeira dica foi a de colocar a árvore sozinha e sem nenhum enfeite. Isso pode ser explicado como forme de você dessensibilizar o pet e fazer com que ele deixe a árvore lá, quietinha até que chegue o dia de desmontá-la. 

O nome dado a esse processo em que o gato convive com um objeto ou ambiente novo de forma positiva é denominado terapia comportamental felina e, caso o tutor esteja com dificuldades de desenvolver esses estímulos no bichano, existe a possibilidade de procurar por um especialista em comportamento felino. Geralmente, eles são médicos-veterinários ou adestradores que dedicam a vida a muitas horas de estudo e treinamento acerca dos animais. 

Além da questão genética e ancestral de exploração, os animais também podem usar do artifício de destruir objetos – nesse caso, a árvore de Natal – como uma forma de chamar atenção para outras situações mais sérias como dor ou, até mesmo, depressão. Sendo assim, lembre-se de manter as consultas de rotina e as vacinas do seu filho de quatro patas em dia, o acompanhamento de um médico-veterinário de confiança e uma boa nutrição alimentar, que são pilares essenciais para que o peludo tenha uma vida boa, longa e saudável ao seu lado. 

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