Como ajudar os cães que têm medo de fogos 

Todo bom brasileiro sabe que festas são sinônimo de fogos de artifício. Ainda que você não goste deles, não há como garantir que os vizinhos ou a região usará a versão silenciosa. Por isso, com a chegada de qualquer data festiva, é comum ouvir dos tutores ou em rodas de amigos que os cães têm medo de fogos de artifício. Alguns estudos apontam que esse tipo de medo não social, ou seja, que não envolve convívio com outras pessoas ou animais, são capazes de deixá-los propensos a doenças e, até mesmo, reduzir a expectativa de vida do animal. 

Mas, além do bem-estar do cão, o medo de fogos de artifício também incomoda o tutor que, por vezes, tenta ajudar seu amigo de quatro patas e se sente frustrado por não conseguir um retorno positivo. Mas calma, estamos aqui para, pelo menos, tentar te orientar e mostrar algumas das terapias que existem como alternativa ao uso de fármacos. 

Neste artigo, as medidas de apoio e ações estão listadas, mas todas elas são importantes. Lembre-se que qualquer alteração nutricional deve ser validada por um médico-veterinário de confiança. Bem como o uso de qualquer medicamento só deve ser implementado sob orientação profissional. 

Veja abaixo o que preparamos neste artigo para ajudar o seu cachorro que têm medo de fogos de artifício: 

Como proteger, dentro de casa, os cães que têm medo de fogos  

A terapia comportamental pode ser aplicada em diferentes espaços, mas, no caso do medo dos fogos, é importante pensar em pilares fundamentais como a segurança física e o bem-estar emocional. 

  • Ambiente seguro – quando dizemos casa significa manter o cão em um ambiente interno que ele conhece e se sente seguro – principalmente em eventos barulhentos -. Mas se você precisa mesmo sair, leve-o com você e o mantenha junto ou em um espaço interno para que ele tenha menos riscos de se machucar ou fugir. Lembre de levar objetos que o façam sentir bem como brinquedos, mantas e pelúcias. 
  • Identificação – A plaquinha de identificação é fundamental porque, se o seu amigo peludo, em um momento de estresse, fugir, fica mais fácil que alguém entre em contato com você. 
  • Deixe o ambiente aconchegante – Com o cão dentro de casa, além de portas e janelas, feche as cortinas para evitar os reflexos da luz que podem assustar. Ponha música ambiente – existem várias playlists em aplicativos de música para relaxar – em volume alto porque abafam os sons externos, assim como ventiladores e ar condicionados ligados que ajudam a manter o ambiente mais fresco.  
  • Crie um espaço seguro para o cão porque pode ser que ele queira se esconder. Então, pense no lugar da casa que seja menos barulhento ou até mesmo uma caminha ou caixa de transporte com a qual ele esteja acostumado. Assim, em momentos de maior barulho, você pode permitir que seu amigo de quatro patas vá ao cantinho seguro, só lembre de estar sempre perto e monitorá-lo.
  •  Abafadores de som – No mercado, já existem alguns modelos de abafadores de sons para cães, mas você também pode optar por chumaços de algodão, eles também desempenham a função de aliviar o nível do ruído que chega no ouvido dos peludos. 
  • Até a exaustão – durante esse dia, pode ser uma boa ideia levar o peludo para um passeio mais longo, um dia no parque ou fazer alguma brincadeira que o deixe exausto. Assim, ele pode até ter medo, mas vai estar cansado demais para se importar com isso. 
  • Atitudes positivas – como brincadeiras ou ter acesso aos brinquedos que o seu amigo tanto ama pode ser uma boa alternativa em momentos de medo. Contudo, para que funcione mesmo, você precisa demonstrar entusiasmo e, se ainda assim ele preferir ficar mais quieto, ofereça carinho e acolhimento. 

Como ajudar o cachorro a perder o medo dos fogos: 

A médio prazo, o tutor pode tentar a dessensibilização e o contracondicionamento que é uma técnica de modificação comportamental, em que, no primeiro momento, a dessensibilização consiste em expor o cão ao som dos fogos de artifício em situações controladas – que pode ser um quarto, por exemplo – e o volume é gradativamente elevado conforme o cachorro se mostra receptivo e relaxado. 

Durante essas situações, costuma-se incentivar comportamentos alternativos, como brincar, comer ou obedecer a comandos. Assim, no lugar de ter medo, o cão vai fazer associações diferentes ao momento. 

Esse tipo de terapia consiste em sessões curtas, porém frequentes em que, geralmente, o pet recebe petiscos indicados pelo médico-veterinário e costumam ser realizadas em momentos sem barulho. 

A quantidade e o tempo de sessões varia de acordo com o retorno do cão. Então, se você achar que não consegue fazer, procure ajuda profissional. Adestradores e veterinários comportamentalistas são capacitados para ajudar nesses tipos de situação. 

Lembre-se de manter as consultas de rotina e as vacinas do seu filho de quatro patas em dia, o acompanhamento de um médico-veterinário de confiança e uma boa nutrição alimentar são pilares essenciais para que o cão tenha uma vida boa, longa e saudável ao seu lado. 

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