Check-up de saúde: o que fazer se eu resgatar um animal de rua? 

A vida tem dessas surpresas em que, quando tudo está normal e tranquilo, de repente, algo acontece e vira nosso mundo de cabeça para baixo. E, em alguma dessas situações de imprevisto do destino, pode ser que você resgate um animalzinho de rua. 

E agora? O que fazer? É claro que ir ao veterinário é o primeiro lugar que você precisa recorrer – principalmente se esse animal estiver ferido ou em condições mais delicadas. Mas, sabemos que nem sempre é possível largar tudo e correr para um médico, não é? Pode ser que esteja chovendo ou que o local não seja de fácil acesso. 

Este artigo foi preparado para que, caso você socorra um animal em situação de rua, saiba discernir sobre o que fazer antes de levá-lo ao médico – mas entenda que essa consulta é essencial para que o bichinho fique bem. 

O que fazer se você resgatar um animal de rua? 

Leve o animal a um lugar seguro – que pode ser uma casa, quintal… mas é preciso que esse animal esteja em um lugar livre de chuva, de muito sol ou de vento, afinal, você não sabe se ele está ferido ou com alguma infecção. 

Não o deixe ter contato com outros animais – Se você tem mais de um pet em casa, não deixe que o animal resgatado entre em contato direto exatamente porque não sabe se ele possui alguma condição que possa ser infecciosa e comprometer a saúde do seu animalzinho saudável. 

Ofereça água e um pouco de alimento – inicialmente, animais resgatados podem ser um pouco acuados ou medrosos. Mas leve em consideração que passaram tempo na rua e não têm em quem confiar. Por isso, pode ser que ele negue a água e a comida nos primeiros momentos, mas dê um tempo para que ele se habitue. 

Evite oferecer comida caseira – como arroz e feijão -. pois esse animal pode ter algum tipo de reação como vômitos e diarreia porque esse não é o tipo de alimento adequado para seu consumo. 

Você pode dar banho nele – desde que use sabonetes neutros como de glicerina, por exemplo. Nada de shampoos de uso humano, sabão em pó ou detergente – isso pode fazer com que ele tenha algum tipo de reação alérgica. 

No momento do banho, é possível que você encontre parasitas como carrapatos e pulgas. Um dos motivos para ir no veterinário é exatamente esse, pois tanto um quanto outro podem transmitir doenças que comprometem a saúde do pet e podem o levar a óbito. Só o médico vai poder indicar o antiparasitário ideal para o tipo de infestação que ele apresenta. Não remova os parasitas. 

Lembre-se também que o banho pode não ser a melhor alternativa se as temperaturas estiverem baixas e você não puder secá-lo de maneira adequada. Só vai deixar ele com mais frio. 

Se estiver frio, forneça um cobertor – ninguém gosta de sentir frio, certo? com os animais não seria diferente. Muitas vezes, animais resgatados apresentam quadro de anemia e, quando sentem que estão em ambiente seguro, dormem de exaustão. 

Se estiver calor, uma sombra com água à disposição – porque assim ele pode se hidratar e dormir sem que sua pele fique exposta ao sol. 

Veja se o animal tem alguma ferida – Ainda que não seja profunda ou esteja sangrando, o ideal é mesmo procurar uma ajuda médica com urgência porque, além de poder ser alguma ferida mais séria, é possível que haja parasitas no local – como miíases, que são as larvas de mosca, muito comuns em animais resgatados. 

Quais são os primeiros cuidados médicos com um animal resgatado?

Ao chegar no médico-veterinário, os protocolos a serem seguidos, provavelmente serão os seguintes: 

  • Pesar o animal – para saber o quão abaixo do peso está; 
  • Avaliar mucosas – para buscar por sinais de desidratação; 
  • Avaliar a pele – para ver se o animal tem lesões, feridas ou alergias; 
  • Fazer exames de doenças transmitidas pelos principais parasitas da região – por exemplo, em regiões de praia, é possível que o veterinário solicite exame de dirofilariose, mais conhecido como verme do coração. 
  • Solicitar exames de sangue e fezes em busca de infecções, vermes ou parasitas. 
  • Buscar por microchipagem. 

Em situações mais graves ou casos que comprometam a vida do pet, pode ser que o médico solicite a internação até que o quadro de saúde esteja estabilizado. E, só depois de fazer ter o peludo 100% é que as vacinas serão aplicadas. 

Fazer o bem é sempre bom, certo? Defina se esse animal vai ficar com você ou em um lar temporário até que seja adotado. Mesmo que venha com algumas responsabilidades, ter um amigo de quatro patas é maravilhoso!

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