Cachorro com falta de ar: o que pode ser?
Com as variações de temperatura cada vez mais bruscas – tem semana que acordamos usando regatas e dormimos de moletom -, não há sistema imunológico que ajude a passar ileso, sem doenças respiratórias pelo caminho, principalmente no inverno.
É na temporada mais fria do ano que as alergias e infecções no sistema respiratório chegam com mais frequência, já que o clima frio e o ar seco fazem a soma perfeita que elas nos ataquem. E não estamos falando só dos humanos, os animais também têm problemas respiratórios e a falta de ar é um sintoma muito sério.
E se você chegou aqui porque procurou sobre cachorro com falta de ar nas buscas, este artigo foi escrito para ajudar a encontrar os possíveis causadores e compreender a gravidade da situação. Leia a matéria abaixo:
Falta de ar em cachorro e seus sintomas
A dificuldade para respirar é um sintoma que pode, na maioria das vezes, estar relacionado ao sistema respiratório. Contudo, estudos indicam que essa alteração pode ser uma consequência de desequilíbrio nos sistemas cardiovasculares e neurológicos ou por questões metabólicas e das hemácias – principais células de transporte de oxigênio.
Os principais sintomas da falta de ar em cachorro são:
- Língua, gengivas e mucosas arroxeadas;
- Alteração do ritmo respiratório, respirando de boca aberta;
- Barulhos como chiados durante a respiração;
- Inquietação física, andando de um lado para o outro;
- Tentativa de manter o pescoço o mais estendido possível.
O que pode provocar a falta de ar em cachorro?
Falta de atividade física e obesidade
O sedentarismo é prejudicial para a respiração do seu amigo de quatro patas. Com a falta de atividades físicas, o organismo tende a acumular peso, o que gera a obesidade e, por consequência, sobrecarrega, também o sistema respiratório.
Mas não saia correndo uma maratona com o seu cãozinho só porque ele está acima do peso. Converse com o médico-veterinário sobre o tempo dos exercícios físicos e a intensidade para que, gradualmente, o peludo recupere a capacidade respiratória e aproveite a vida.
Predisposição genética
Cães braquicefálicos, ou seja, aqueles que têm focinho achatado ou curto tem predisposição genética à doenças respiratórias, inclusive, a síndrome braquicefálica é justamente o conjunto das principais causas que levam os animais a terem dificuldades de respirar como o prolongamento do palato mole, prolapso de traqueia e o estreitamento da cavidade nasal. Essas condições são comuns em cães das raças:
- Boston terrier
- Buldogue francês
- Buldogue inglês
- Dogue de bordeaux
- Lhasa apso
- Pequinês
- Pug
- Shih-tzu
Os principais sintomas da síndrome braquicefálica é a respiração ofegante e os roncos noturnos. Há estudos e profissionais especializados no atendimento de animais dessas raças, como cirurgiões e pneumologistas, que podem indicar o tratamento correto para os cães – que inclui desde nebulizações constantes à cirurgias de correção das vias superiores -.
Doenças causadas por vírus e bactérias
Quando a origem do sintoma é pulmonar, geralmente os grandes vilões são vírus e bactérias. Por serem transmitidos por aerossóis ou no contato com superfícies contaminas, o contágio é rápido e fácil.
Nos cães, o principal vírus respiratório é a Tosse dos Canis ou, como é mais conhecido pelos tutores: Doença Respiratória Infecciosa Canina. Na maioria das vezes, os animais apresentam tosse constante, febre, cansaço aparente e falta de apetite.
É uma doença comum em abrigos e espaços comunitários como parcões e a boa notícia é que existe vacina, que precisa ser repetida uma vez ao ano pelo médico-veterinário.
Os cães também podem desenvolver pneumonia ou bronquite, mas esses quadros têm origem infecciosa ou viral.
Traumas ou acidentes
Cair de grandes alturas ou sofrer acidentes, como aqueles domésticos em que o cão sai correndo e bate em algum lugar ou atropelamentos, podem fazer com que o animal apresente quadros de falta de ar.
Isso porque, ainda que ele esteja andando, uma costela pode ter sido fraturada. Em decorrência disso, o pulmão pode sofrer perfuração e o ar inalado não é suficiente para que o pet respire normalmente. Logo, mesmo que o acidente não pareça grave, é melhor procurar um médico e explicar a situação.
Ao identificar algum sintoma de falta de ar em cachorro, é preciso que o atendimento médico seja feito com urgência. Só o veterinário vai ser capaz de examinar o seu filho de quatro patas e chegar ao diagnóstico para, então, prescrever o tratamento mais adequado.
Medicar seu cão sem indicação médica pode ser um perigo para a vida dele, porque o uso de remédios inadequados pode agravar o quadro do seu pet, deixando o cachorro ainda mais doente ou mascarar sintomas importantes.
Lembre-se de sempre manter as vacinas, vermífugos e antiparasitários em dia e não falte às consultas de rotina. Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a saber mais sobre as principais causas da falta de ar em cachorros. Siga a Naturalis nas redes e acompanhe as novidades.