Atendimento “cat friendly”: entenda o que é
Gateiros sabem que seus bichanos não gostam de ser incomodados ou retirados de seus ambientes de vivência – o deslocamento gera estresse. Mas, não tem jeito, vez ou outra é preciso ir ao veterinário.
Para proporcionar um ambiente clínico mais confortável para os gatos, uma organização sem fins lucrativos britânica desenvolveu uma campanha com protocolos e materiais acerca de métodos de manejo, atendimento e contenção e fez o monitoramento das clínicas que abordaram a metodologia por dois anos, para saber o que deu certo e o que precisaria ser aprimorado.
Com o sucesso dessa campanha, os programas foram difundidos por todo o mundo e adotados por muitos médicos-veterinários no Brasil que já são especialistas em atendimento cat friendly.
Abaixo, listamos algumas ações presentes nesse tipo de manejo animal e como é possível identificá-las na hora de buscar esse tipo de profissional. Veja abaixo:
Atendimento Cat Friendly passo-a-passo:
Antes da clínica:
Esse tipo de atendimento amigável para os gatos deve começar antes mesmo da chegada à clínica – em casa, com a adaptação do bichano à caixa de transporte.
Uma dica é deixar a caixa de transporte como parte da mobília de interação da casa, onde o gato possa entrar e sair com tranquilidade. Além disso, também é bom oferecer petisco e patê dentro da caixa, para atrair o animal.
Os melhores modelos são aqueles que possuem:
- Abertura frontal
- Abertura superior para facilitar em caso de animais mais introvertidos.
Atendimento “cat friendly” na clínica
Desde a recepção, o ambiente clínico cat friendly é diferenciado. Além de ser exclusivo para gatos, o espaço costuma oferecer prateleiras para que as caixas de transporte sejam colocadas, já que a espécie se sente mais confortável quando consegue enxergar o espaço de locais mais altos.
A arquitetura costuma ser caracterizada pela ausência de lacunas para esconderijo felino, além de bancadas feitas com material não-reflexivo ou frio e, de preferência, coberta com material antiderrapante e macio.
Geralmente, o profissional orienta o tutor a deixar a caixa de transporte aberta enquanto conversa sobre o estado físico do animal – para que ele se sinta mais confiante para explorar o ambiente e menos acuado quando o médico for examiná-lo.
Se o gato não sair sozinho da caixa, o médico pode usar alguns métodos para chamar atenção dele, como remover a parte superior da transportadora ou usar alimentos úmidos e brinquedos. Uma vez fora, é importante que a caixa seja retirada de seu campo de visão para que ele não a veja como campo de segurança e fique agitado ou agressivo se for impedido de retornar.
Até mesmo a contenção em atendimentos cat friendly é diferente. Por vezes, o veterinário pode usar uma toalha ou o colo do tutor para que o pet se sinta mais confortável e, caso haja momentos de estresse, o médico pode optar por esperar o bichano se acalmar e, em seguida, retomar a consulta.
E não há problema nisso, o atendimento que visa ao bem-estar do animal não é focado no tempo e sim em como o gato está se sentindo.
Com o tom de voz baixo e evitando contato visual direto, o médico-veterinário pode examinar enquanto acaricia e conversa com o tutor sobre o que está acontecendo de diferente – e geralmente já está com todos os materiais necessários para a consulta em mãos ou em fácil alcance.
Então, se você tem dificuldade em levar seus bichanos para consultas veterinárias porque eles se sentem muito estressados – seja no trajeto ou no consultório –, talvez seja o momento de cogitar um médico especialista em felinos que atenda em um ambiente adaptado para eles.
Com paciência, afeto e cuidado, vai ficar tudo bem. Afinal, não dá para negligenciar a saúde dos gatos, né? Eles precisam de consultas de rotina, de vacinas e de acompanhamento etário.
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