Temperamento canino: como estimular comportamentos saudáveis

Uma das grandes preocupações de quem decide adotar um cãozinho está relacionada ao temperamento canino. É comum temer que o animal seja agressivo ou nada sociável com crianças ou outros animais. 

Apesar de haver animais com diferentes personalidades, é perfeitamente possível ensinar o pet a respeitar e conviver com os demais. Entenda melhor neste artigo.

Como identificar o temperamento canino?

Quem tem mais de um amigo de quatro patas sabe que eles podem possuir personalidades e temperamentos bastante diferentes, e é importante conhecê-los para compreendê-los e, assim, cuidar dos pets da melhor forma possível.

Há muitas formas de identificar o temperamento do seu cachorro, especialmente pela linguagem corporal: cachorro latindo muito, movimento das orelhas, movimento do rabo, olhar e postura corporal, tudo isso pode te ajudar a conhecer melhor o seu cão.

Cães mais dominantes, por exemplo, costumam encarar mais as pessoas e até outros cães. Eles podem grunhir para conseguir o que querem, insistir nas brincadeiras, latir com maior frequência, inclusive para desconhecidos, e apresentar maior ciúmes e possessividade.

Os animais mais submissos, por outro lado, evitam fazer contato visual e permanecem com as orelhas baixas. Costumam ser mais carinhosos e de fácil convivência, já que desejam agradar o seu dono, mas podem ser medrosos e apresentar ansiedade de separação.

Mas fique calmo! Os cães podem (e devem!) ser estimulados desde filhotes a terem um temperamento saudável, e até os mais dominantes podem ser ensinados a não serem agressivos, se aprenderem desde cedo.

O temperamento canino muda com a idade?

O que podemos observar nos animais é, sim, verdade: há uma série de mudanças no comportamento de cão idoso. Muitos deles se tornam menos curiosos e ativos à medida que envelhecem, e o desenvolvimento da atenção e da capacidade de resolução de problemas passa a estagnar.

A alegria e o prazer por novas situações também diminuem, especialmente após os três anos de idade, mas o desejo de socialização tende a manter-se o mesmo durante toda a vida.

E com o sexo do pet?

Sim, há alguns padrões comportamentais que costumam ser mais comuns em fêmeas ou em machos.

As fêmeas, por exemplo, tendem a ser mais independentes de seus tutores e ficam mais incomodadas quando algo na casa não está certo, como uma cama ou comida com sujeira, o que pode, inclusive, provocar latidos.

Os machos, por outro lado, costumam querer agradar seus tutores com maior frequência, pedindo atenção por meio dos latidos, correndo ou fazendo bagunça. Eles também são mais distraídos, no sentido de virar a tigela de ração sem perceber ou então pisar na tigela de água por engano.

Eles também não percebem os perigos no entorno de forma tão eficaz quanto as fêmeas, que notam as ameaças de longe.

E com a raça?

As raças de cães foram construídas pelos humanos com determinadas finalidades: algumas são caçadoras, enquanto outras podem ser melhores guardas ou animais de companhia, por exemplo. E essa diferença, que se reflete no comportamento dos cães, pode ser observada na média, mas não de forma individual.

Algumas características, como a sociabilidade, está associada a questões genéticas e pode mudar de acordo com a raça, mas traços de personalidade costumam ser mais individuais.

Mesmo a agressividade, normalmente associada a algumas raças, não envolve a genética, o que significa que não existe uma raça mais agressiva que outra.

Afinal, cada cão é único, e o ambiente em que ele está envolvido conta muito para a maneira como ele reage ao que ocorre à sua volta.

Como estimular um temperamento saudável?

Desde filhote, é importante socializar o cachorro com outros animais, cães e humanos para que ele aprenda a viver com os demais

Na época em que a personalidade do animal ainda está em processo de formação, torná-lo mais amigável e menos agressivo é mais fácil do que realizar essa mesma mudança na fase adulta.

Sabemos que cada pet é único, e a sociabilidade é fundamental para criar um temperamento canino saudável no seu amigo de quatro patas! Que tal começar por aí?