Ter um cachorro em casa requer algumas adaptações que muitos tutores só percebem quando os peludos já tomaram conta do espaço – e dos corações. Isso vai além de comprar coleiras. Uma casa dog friendly considera a importância de garantir segurança, bem-estar físico e mental e independência emocional do cão.

Confira algumas dicas e, caso tenha dúvidas, procure sempre um médico-veterinário de confiança. 

Invista em brinquedos de qualidade

Aqueles ossos brancos, muitas vezes saborizados ou com aromas atrativos, que vendem em pet shops são feitos de couro e não são, sequer, caracterizados como petisco – porque são tóxicos aos cães.

Se o seu amigo for muito fã de roer, pergunte ao veterinário se você pode oferecer ossos defumados ou cartilagens como orelha de porco e traqueia de boi desidratadas que não são tóxicas e ainda contribuem para a limpeza dos dentes. 

Brinquedos de nylon, principalmente aqueles que são frágeis e esfarelam enquanto o animalzinho rói, podem ser potencialmente tóxicos quando ingeridos acidentalmente. Leia a embalagem dos brinquedos e busque aqueles que possuem selo de segurança e indicação para a força da mordida do seu amigo. 

Tenha um cantinho para ele 

Separe um espaço na casa com os brinquedos, a cama e os acessórios que são do seu cão, para que ele entenda que aquilo ali pertence a ele. Quando ele estiver mordendo algo que você não queira, por exemplo, o pé do sofá, chame e peça que ele pegue algum brinquedo para mudar o foco de atenção. 

Como dica de ouro, indicamos que o tutor separe um ou dois brinquedos como especiais, daqueles que detém a atenção total do cachorro quando ele brinca. Pode ser algo recheável ou de roer, a depender da preferência do seu amigo. Assim, quando ele estiver muito ansioso ou bagunceiro, o tutor pode oferecer esse trunfo como alternativa. 

Mas lembre-se de guardar depois – como é um brinquedo especial, não deve ficar exposto ou ser oferecido a todo momento. 

Pense em pisos que sejam mais fáceis de limpar 

Talvez essa seja a dica mais complicada porque envolve troca de pisos – e obras –, mas é válida. Pisos de madeira absorvem líquidos como a urina e podem ficar manchados com o tempo. 

Por isso, opte por porcelanato ou pisos vinílicos, que são mais fáceis de limpar e manter a manutenção – ainda mais se o seu cachorro for de alguma raça que solte muitos pelos, como Golden ou Chow Chow. 

Cuidado com as plantas 

Ainda que elas fiquem lindas decorando o ambiente, é preciso ter cuidado com as escolhas – algumas espécies populares são tóxicas.. Se o seu cão gosta muito de comer plantas, veja com o médico-veterinário se você pode oferecer a grama de trigo – ou clorofila. Além de nutritiva, colabora com a função intestinal. 

Abaixo, listamos quais são algumas das principais plantas tóxicas para cachorros: 

• Comigo-ninguém-pode
• Copo-de-leite
• Samambaia 
• Azaleia 
• Folha-da-fortuna
• Jiboia

Se você gosta muito dessas espécies de plantas e deseja ou as possui em casa, mantenha em locais que o seu cachorro não tenha acesso. 

Evite deixar fios soltos 

Cães, geralmente os filhotes, são muito curiosos e querem morder tudo. Se os fios estão ali, balançando e chamando a atenção, uma hora eles vão querer pegar. Ao roer os fios, o cão pode levar um choque e, a depender da voltagem, pode até morrer. 

Então, nada melhor que prevenir, certo? Prenda os fios e mantenha fora de alcance do seu amigo.

Dica extra: crie uma rotina com seu amigo 

Assim como no desenvolvimento infantil, os cachorros precisam de rotina para aprender determinados comportamentos, como o que pode ou não morder. Vale a pena procurar um comportamentalista ou adestrador profissional para aprender sobre os comandos, as guias mais recomendadas para passear e, principalmente, como criar dias e horários para passeios, treinos e brincadeiras. 

Com o tempo vai parecer que o seu amigo está aprendendo a olhar no relógio pois, quando der a hora, ele pode apresentar comportamentos como olhar para a direção de onde a guia ou os brinquedos ficam guardados. Valorize esse tempo com o seu cão.  

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