Plantas tóxicas para pets: cuidados dentro e fora de casa
Ter um pouco de natureza em casa é ótimo, deixa o ambiente mais moderno e com aparência mais agradável. Contudo, como tutores de pets, principalmente aqueles mais exploradores, é preciso ter cuidado com a toxicidade de algumas espécies.
Você não precisa deixar de ter suas plantas em casa, mas precisa proteger o seu amigo de quatro patas. Para te ajudar, separamos algumas espécies que podem ser tóxicas, indicadas pelo Guia de Plantas Tóxicas em Jardins da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
1. Comigo-ninguém-pode
Principais sintomas: irritação, inchaço, vômitos, diarreia e sangramentos.
Muito cultivada em lares brasileiros, a comigo-ninguém-pode tem valor ornamental e religioso. Além disso, por ter fácil manutenção, acaba sendo muito indicada para quem está começando a se aventurar nos jardins de casa.
Sua toxicidade está presente nas folhas, caule e seiva, ou seja, na planta toda. O que provoca maior risco ao pet é a presença de oxalato de cálcio, substância que, ao entrar em contato com as células da pele, causa irritação, inchaço e pequenos sangramentos. Quando ingerida, pode levar a problemas mais sérios, como náuseas, vômitos e diarreia.
Por isso, caso goste muito dessa planta, coloque em algum lugar que os pets não tenham contato.
2. Glicínia
Principais sintomas: diarreia, cólicas, náusea e vômito
As flores, predominantemente lilás, branca ou azul caem como um lindo cacho, fazendo essa planta ser deslumbrante – e muito tóxica para animais e crianças. Ela costuma estar presente em quintais, mas alguns amantes de plantas gostam de tê-la dentro de casa.
O perigo está na ingestão de suas sementes e vagens. Por isso, mantenha fora do alcance dos animais e das crianças.
3. Samambaia
Principais sintomas: febre, suor e diarreia com sangue, diminuição do número de plaquetas.
A samambaia está presente em muitos lares. Fica linda pendurada e aceita bem ambientes de sombra. Mas, em suas folhas, está localizada a fonte de toxicidade para os pets. Ataca principalmente o sistema circulatório e o animal perde sangue rapidamente, o que pode levar à morte. Melhor não testar e mantê-la bem longe do seu amigo.
4. Espirradeira
Principais sintomas: vômitos, diarreia, taquicardia e sonolência.
Muito comum em parques e praças, a espirradeira tem manutenção fácil e suas flores delicadas rosa claro são lindíssimas. Mas a planta toda – folhas, caule e flores – é tóxica para os animais porque contém oleandrina e neriantina, substâncias que, ao serem ingeridas, podem levar a um grave quadro de intoxicação, com vômitos, diarreia e aceleramento cardíaco.
A espirradeira não costuma estar nas casas, mas é importante ficar atento durante os passeios.
Alternativa saudável: grama de trigo
Se o seu amigo de quatro patas não consegue ficar sem mordiscar as plantinhas, experimente a grama de trigo. Ao contrário das espécies listadas acima, a grama de trigo, também chamada de clorofila, auxilia o sistema gastrointestinal, fortalece o sistema imunológico, combate radicais livres e tem ação desintoxicante. É uma boa ideia, não acha?
Meu pet comeu uma planta tóxica. O que posso fazer?
Se o seu gato ou seu cachorro comeu uma planta tóxica, é preciso levá-lo imediatamente ao médico-veterinário.
Lembre-se de levar um pedaço da folha que seu pet comeu, isso ajuda o médico a ter mais precisão nos protocolos. Se, na boca ou na face do seu cão ou gato ainda houver pedaços do vegetal, retire usando um pedaço de papel para evitar que o contato continue.
Com base nos sintomas e na planta que ocasionou a intoxicação, o veterinário usará os procedimentos necessários para ajudar o seu amigão a ficar bem. Em muitos casos, é comum que o médico ponha o animal em fluidoterapia, nomenclatura usada para o soro injetável, para facilitar e acelerar a eliminação das toxinas do organismo. Em outros casos, remédios podem ser adotados como protocolo.
Não opte por receitas caseiras diante de um quadro de intoxicação. Muitas são crendices populares e podem, até mesmo, piorar o quadro. Busque sempre o atendimento médico.
Como evitar que meu animal se intoxique
Diante de tudo o que mostramos nesse artigo, você já deve ter entendido que o primeiro passo é dificultar o acesso do pet às plantas tóxicas, colocando-as em vasos elevados ou suspensos.
Mas, o cuidado e a precaução precisam ir além do ambiente doméstico. Ao passear ou brincar fora de casa, esteja atento. Animais são como crianças – querem cheirar, morder e brincar com tudo.
Gostou do conteúdo? Acompanhe também nosso perfil no Instagram para ficar por dentro de outros materiais importantes para a saúde e bem-estar do seu pet.